Virente mar, por pássaros singrado!
Frondosa fronte, árvore divina,
Em cujos ramos rútilos a sina
Humana encontra um leito p'ra seu fado.
Contemplai seu verdor iluminado,
Mais magnânimo do que a campina -
Cada folha, uma doce dançarina;
Cada galho, um Atlas encantado!
Ó, vasta, verdejante catedral!
Em cuja arquitetura natural
Medito infindas horas deleitáveis.
Fera forma em que ruge a natureza!
Ó, ático semblante, Ó, beleza
Plena de mudos sonhos inefáveis!
Nenhum comentário:
Postar um comentário