Were I thy hand, thy soft, lascivous hand,
That glides and swerves along thy snowy breasts:
A snake that savours every grain of sand
Upon thy flesh and on thy thighs there rests.
Were I thy lips to taste thy trancelike kiss
When uncontroll'd by love and lust and fire
Of passion, thou art lost in an abyss,
So I would quench thy wish with my desire.
Were I thy soul to know the mystery
That sets thyself awake and what sweet thought
That burns within thy bosom; would I be
Thy every wish and love, but I am not:
I am thy lover, and suffices me thee
Love and for evermore thy lover be.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Soneto para um movimento a ser denominado 'Arvrismo'
Virente mar, por pássaros singrado!
Frondosa fronte, árvore divina,
Em cujos ramos rútilos a sina
Humana encontra um leito p'ra seu fado.
Contemplai seu verdor iluminado,
Mais magnânimo do que a campina -
Cada folha, uma doce dançarina;
Cada galho, um Atlas encantado!
Ó, vasta, verdejante catedral!
Em cuja arquitetura natural
Medito infindas horas deleitáveis.
Fera forma em que ruge a natureza!
Ó, ático semblante, Ó, beleza
Plena de mudos sonhos inefáveis!
Frondosa fronte, árvore divina,
Em cujos ramos rútilos a sina
Humana encontra um leito p'ra seu fado.
Contemplai seu verdor iluminado,
Mais magnânimo do que a campina -
Cada folha, uma doce dançarina;
Cada galho, um Atlas encantado!
Ó, vasta, verdejante catedral!
Em cuja arquitetura natural
Medito infindas horas deleitáveis.
Fera forma em que ruge a natureza!
Ó, ático semblante, Ó, beleza
Plena de mudos sonhos inefáveis!
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Carta a uma Amigo Poeta
Amigo, me disseste, "irei dispor
Em versos toda a nossa amizade,
E cada verso adverso seu compor
Com rimas de amical rivalidade".
Sou grato ao seu desejo de tornar
Divinas tais tribulações efêmeras;
Por imortalizar a sinfonia
Do ambíguo poetar de duas vidas.
Porém, amigo, peço-lhe que deixe
De lado nossas rimas assonantes,
Que em cujos chiaroscuros mal conversam.
Verdade, não há muita consonância
Em nossa poesia. Deixe estar:
Nossa amizade rima em versos brancos.
Em versos toda a nossa amizade,
E cada verso adverso seu compor
Com rimas de amical rivalidade".
Sou grato ao seu desejo de tornar
Divinas tais tribulações efêmeras;
Por imortalizar a sinfonia
Do ambíguo poetar de duas vidas.
Porém, amigo, peço-lhe que deixe
De lado nossas rimas assonantes,
Que em cujos chiaroscuros mal conversam.
Verdade, não há muita consonância
Em nossa poesia. Deixe estar:
Nossa amizade rima em versos brancos.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
A Palavra Amor
A palavra saudade não cabe no mundo,
Porque transcende o imaginar.
A palavra medo não cabe em nós,
É muito pequena para significar.
A palavra beijo não cabe em um momento,
Porque a cada momento vai se recriar.
A palavra amor sim, essa sempre cabe.
Cabe exatamente em todo lugar.
O Sonhador
(Soneto escrito inspirado no quadro Der Träumer ("O Sonhador"), de Caspar David Friedrich)
O Sonhador
A sombra de um crepúsculo dourado
Descansa em um violáceo anoitecer,
Lançando seus suspiros de prazer
Sobre a pulsante rocha do passado:
Encantada janela!, onde, assentado,
O Sonhador esquece o alvorecer,
Em seu torpente anseio de entrever
Na Natureza um sonho matizado.
Naquela incerta meia-luz, silêncio
É o som maior: o céu não traz mais aves,
A mente, pensamentos. Tudo está
Na escuridão guardado, está suspenso,
Aguardando ansiosos os suaves
Despertares que a aurora lhes trará.
O Sonhador
A sombra de um crepúsculo dourado
Descansa em um violáceo anoitecer,
Lançando seus suspiros de prazer
Sobre a pulsante rocha do passado:
Encantada janela!, onde, assentado,
O Sonhador esquece o alvorecer,
Em seu torpente anseio de entrever
Na Natureza um sonho matizado.
Naquela incerta meia-luz, silêncio
É o som maior: o céu não traz mais aves,
A mente, pensamentos. Tudo está
Na escuridão guardado, está suspenso,
Aguardando ansiosos os suaves
Despertares que a aurora lhes trará.
sábado, 6 de julho de 2013
Ícaro
Ícaro, sabe-se, voando aos céus,
Às asas de seus pais, do azul caiu
Ao outro azul abaixo, pois subiu
Àqueles outros céus que não os seus.
Porém, não disse: "É meu fado! Deus,
Por certo, em meu orgulho consumiu
Minhas penas, lançando-me ao vazio;
Cabe ao Celeste Ser os Apogeus!".
- Solitário a singrar a amplidão
Resplandecente, cujo brilho encerra
O peso do saber da solidão -
Não. Mas aquele pássaro pensou,
Vendo o horizonte: "Voei junto ao sol;
Não há mais nada a se ver na terra".
Às asas de seus pais, do azul caiu
Ao outro azul abaixo, pois subiu
Àqueles outros céus que não os seus.
Porém, não disse: "É meu fado! Deus,
Por certo, em meu orgulho consumiu
Minhas penas, lançando-me ao vazio;
Cabe ao Celeste Ser os Apogeus!".
- Solitário a singrar a amplidão
Resplandecente, cujo brilho encerra
O peso do saber da solidão -
Não. Mas aquele pássaro pensou,
Vendo o horizonte: "Voei junto ao sol;
Não há mais nada a se ver na terra".
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