Eu já estive em Paris. Já visitei a Grã Bretanha e conheço
toda a Europa. Andei por todo país e vi cada cultura.
Presenciei cada feito, eu vi cada homem em cada momento de
grandeza, em cada capítulo de sua estranheza tornar-se mor. O homem de cada
religião brilhar no antro da sua fé, o homem de cada nação morrer com a glória
junta ao pé.
O homem pobre que braveja a sua dor e o que se vende por
menos luta, o burguês cruel e o burguês-nádegas, eu vi todos e os homens que os
imortalizaram na sua cruel labuta de sátiro-concordar.
Eu vi cada pedaço de mundo, e vi cada mundo. Vi os mundos
inventados, os mundos que mentes geniais ou insanas criaram, vi também os
mundos dos romances, contos e poemas.
Estive em todo lugar, em todo mundo, em todo o mundo. Estive
no princípio, na mentira e no fim.
Irônico, eu nunca estive mim.