Venha salvar-me, voraz tempestade!
Que a brisa suave envenena meu ser!
Veja este rosto que aqui neste poço
Assoma-se às sombras de seu frio fenecer!
Inerte escárnio lhe cobre o semblante,
Escárnio inerte de seu próprio viver.
Assombram-me os olhos aqui refletidos,
Os olhos (meus olhos!) para sempre perdidos
Em sua angústia de infindo rever.
Revolva à vida este lago gelado!
Venha afogar esta imagem irreal!
Outra vez vejo ver-me a mim
Nos destroços deste poço ancestral,
Refletindo o cair das estrelas
Que se apagam nestas vagas sombrias,
Frias ondas de ilusão celestial.
Que se encontram no sangue e na noite:
Nívea flor de torpor infernal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário