Se a Rosa que tanto se elogia,
De repente, assim sem avisar,
Encontra a brisa forte, mas tardia,
Teria de ser Rosa, ou flor, deixar?
Porque a Rosa torta ainda é Rosa,
E o Amor estranho ainda é amor.
Rosa, torta, é maravilhosa,
Mas Amor morto é sempre dor.
Mesmo quem nega teu cheiro e cor
Quando te vê nos vãos abandonada,
Impuros, jamais esquecerão teu amor,
Mesmo nos tempos da tumba lacrada.
Pois que tem fez, assim a fez, a Rosa.
Deu-te perfume e te fez alegria.
E se arrependerá, quem cuja prosa
Tenta te arrancar a tua poesia.
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