A Menininha conheceu o Meninão, e pra ele entregou seu
amor.
Seu sorriso era mais rosa, seu perfume era mais cheiroso.
Ele sorria feito um retardado e achava que ego era bom,
Ela se gabava para os anjos que aprendeu a sorrir de
verdade,
Ele mal sabia se estava sorrindo ou se aquilo era um
sonho.
Mal surtia o efeito da manhã e os dois se viam, grudados
E encolhidos em casulos feitos de sonhos e promessas.
Tiveram tanta sorte, tanto poder de saber mudar as coisas
E de rasgar as lágrimas ao meio, nem chegavam ao queixo.
Eram o tempo lúdico iludido, labuta lerda de lamber os
lábios.
Mas sempre há de forjar medo onde há riso, e de tudo
acabar.
Sempre há quem odeie o sorriso e vomite um suspiro, não
é?
Eles sabiam das flechas que iriam levar, por seu amor de
carmim,
Mas não é bem assim, não há jasmim ou serafim, não? Sim.
Mas eles lutaram até a última gota de orvalho em seu
lindo jardim.
Abraçaram seu amor, e nunca largaram.
Mas eles, os maus, não deram nenhuma chance.
E no fim, suas carícias acabaram,
É. Pois ela, nossa vida, não é romance
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