Olhos que olham e nada veem
Fixos, paralíticos, aterrados
Sob uma chuva que tornou-se pó
Ao recusar-se a cantar
A ouvidos que não mais ouvem
A antiga linha que os liga aos céus
Do imaterial tornado moções dos ares
Cristalizado em cânticos antifônicos,
Moções dos mares miraculosos
Que embalam a morte e os mesmos mistérios
Que eram a vida dos olhos:
Celeste sabedoria desconhecida
Dos ares traçados pelos mares.
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