Recuso-me e me aparto da memória
Não remida; partida, sou-me em parte
Alguma procurando devorar-me -
Retorno tarde e encontro minha vista
Consumida em meus olhos consumados.
Cerro-os cego de horror, mas não se apartam:
São parte de meu rosto irresoluto
E não renegam seu labor eterno
De encontrar-me. Há qualquer coisa nesta
Serpe que serve a si somente, sem
Sorver à saciedade o que é ofertado -
Remoe-me e regurgita, mas não morre;
Espalho sobre o espelho cada entranha
E trago, pouco a pouco, o que me resta.
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