(Uma tentativa de imitação do verso anglo-saxão, acredito que seja o primeiro poema que escrevi)
Sob a sombra da montanha, || serena a neve jazia
Sangue e cinzas ao chão, || o som do pranto se erguia
Fumaça e fogo aos céus, || a face do rei sem vida estava
Morte! Morte! Ao demônio alado, || em mágoa gritava um jovem
Parado em pé, || perante o horror que seus olhos viam
E o dragão desvanecendo no céu, || dirigía-se ao topo da montanha
Erguendo sua espada furioso, || ao encontro do verme correu
Montanha acima movia-se lentamente, || a morte lhe inflamava o coração
Avante avistou a grande besta, || alva como o branco à sua volta
O que buscas, criança? || Questionou o animal
Retornei com tua ruína, || respondeu o jovem
Vim vingar o meu povo, || verme assassino
Teu sangue será meu || e só então descansarei
Por que te precipitas? || Pediu o dragão
Tens certeza em sua busca? || Será correto o que procuras?
O monstro que queres matar, || não é aquele que morto está?
O animal que assolava esta terra, || não é aquele que queres vingar?
Sobre sangue e crueldade || seu povo reinou
E com medo e morte || manchou este lugar
Criaturas cruéis, || criminosos e assassinos
O destino os devolveu || a desolação que causaram
Mas a mesma morte que os cercava || mostra-se em teu olhar
Podes tu puní-los? Podes tu julgá-los? || Perguntou o jovem
Em silêncio subiu o dragão aos céus || sem responder tal indagação
Rapidamente retornando de onde viera || tal como repentinamente surgiu
E o jovem jazia ponderando || que julgamento o destino lhe traria
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