segunda-feira, 9 de maio de 2011

Silence

Silence

Wandering within loneliness, long I've waited
Sadness surrounded me, then silence faded
Darkness deceived me when day raised
Brightness blinded me for a light blazed

Hope have filled my soul forever haunted
Glaring gleam from your glance flaunted
Lies laid on your words lovely whispered
So says those whose souls stand stirred

Fool for believing in this foolish feeling
O! Marvelous muse of mirth healing
Swung softly by your voice streaming
Daring dreams I still dare dreaming

sábado, 7 de maio de 2011

Boneco Bobo

Esse texto é um dos meus mais significativos, espero que gostem.


Boneco Bobo


O que fazer quando é pego pela penúmbra? Quando tens as árvores a sumir diante de seus olhos, como poeira velha e morta?
E quando deixa-se de sentir nada além do mormaço das expectativas, nada além daquele forno lhe cozinhando os miolos, fritando os sonhos?  É triste, triste quando lhe tiram essa vontade por poder. Mais triste quando se propõe a rasgar o próprio coração, e mesmo assim não se sente, nem mesmo sob olhos de pérola.
Como diriam os pesares do vento: “How far shall thy love be heard, to be real in her eyes?”.  É triste, bem sei, quando se põe a deixar essas coisas lhe cutucar os olhos. É pouca coisa além de puro ego, ou mesmo uma dó desprezível, torna-se um verme ainda mais baixo quando fere a si mesmo.
E melhor verme seria, se apodrecesse sozinho. Outros vermes o rasgam inteiro, por defeitos que ninguém mais vê além deles. Pobre, é aquele que cuja visão se distorce no espelho, e de olhos fechados.
Se ao menos a lua cantasse, poderia ser mais grato às artes do seu velho mundo, mas o seu velho mundo é morto, nada resta além de sonhos magoados e levados ao vento. Poeira velha e morta.
Mas será desprezível, aquele que não tens tesouro porque lhe fora negado? Que por mais de uma vez fora apreendido com notas de calabouços? Aquele que nada pode fazer contra as paredes que tapavam sua visão do sol? Que não pode tocar a árvore?
É triste, quando esse mesmo ser se levanta e parte, parte para além de onde ele vira de olhos fechados, e por um instante deixa seus pesadelos aconfortados. Seguidamente lhe vem aos olhos, o antigo demônio que circunda sua mente, e o derruba mais forte pois o pobre ser nada sabe além de aconfortar pesadelos.
Quantas pérolas tiraste do lodo? E quantas preciosidades tu partiu com tua lábia venenosa? Possui-te qualquer horizonte? É muito duvidoso que possas responder, que possas compreender. Só tens lâmina e ferro frio na sangue, teus beijos são gritos e teu abraço é gelado. Falo de ti, verme! Que fecundas o lodo destes mundo.
Mas é na carne crua que vive o creme. As noites de cabeça enconstada nos seus próprios pesares e dores que cantaram o ouro das tuas palavras. Mas é triste, bem sei, quando este ouro nada mais é que pano, pano de um boneco, um boneco bobo.
Já destruira um boneco de pano? Já sim, tenho certeza. O rasgou e pisou friamente no seu rosto, o ridicularizou e profanou seu nome. És um qualquer, e todos já o fizeram. E nunca desenhou as noites que este boneco pintou nos teus olhos, ou mesmo no diamante que lhe caiu à cabeça.
Mas é máxime que das lágrimas desse boneco, nasça uma flor. A linda Lotus que irá rejuvenescer e abanar a poeira para longe. É máxime que qualquer luz e qualquer trevas continuem sua luta, não há confronto se há vitória.
É também tão certo, que os vermes procriem. Pobre boneco bobo, é tão cedo para aliviar suas cicatrizes, diferente de sua casa que não sente.
Os olhos do céu sempre hão de acompanhar, e a boca da poesia há de seguir, mesmo que precise rasgar o próprio coração para sentir, malditas sejam as mudanças de pautas quando se está achando o ritmo.
E assim se seguirá a criação, das lágrimas que as árvores recobrem os campos, e não será em vão que as flores cantarão tristes, será pelo desprazer de se deitar no mundo de tais pesadelos.
E o pobre boneco ainda ignorante, ignorante por ainda não conhecer os males que o amortecem o corpo. Tão ingênuo, que nem ele mesmo ouve seu choro, não consegue compreender ainda, nem mesmo a sua própria dor.
E quando no canto dos vales, o vento frio ainda tortura, nada além de cruas lágrimas são conforto. É triste bem sei, mas é a música que circunda. E ainda irá se rasgar pelas coisas que vê, ainda se torturará e se odiará, só os ventos sabem até quando.
Boneco bobo que não conhece a carne.