quarta-feira, 22 de maio de 2013

Retorno

Do âmago do solo irrompe e orna
A Natureza em sua refulgência
O ímpeto cativo da violência
Que novamente à terra negra a torna.

A Natureza sua fronte adorna
Sobre o sangue que irrompe em reverência
À eternidade da primeva essência
Que novamente aos níveos céus retorna.

Inspiro o Verbo assolador - denodo
O fulvo fio que encanta meu viver -
Possuo toda terra sob mim, todo

O tempo em meu olhar. Cerram-se já
Meus olhos no negror do anoitecer
E toda terra sobre mim está.



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