sexta-feira, 23 de março de 2012

Eu ainda tenho a mania besta
de me importar com todo mundo
Todos toscos aleijados, monstros amparados
E eu sem as duas pernas praguejando

E eu, esse arauto errante
Nem herói, muito menos amante
Fazendo cara feia, olhando no
espelho, mesmo não sabendo
ou talvez, fingindo não saber

Os humildes viam as pernas
brancas, pretas e amarelas
Já eu, caro mestre, vi as caras
Feias, horríveis e horripilantes
Falsas, cansadas ou mentirosas

Eu cansei de rimas, ou me minto
Penso que meto medo, mas talvez
seja apenas feio, ou vejo essas
coisas aonde não devia

Eu tento sempre chegar ao novo
E sempre vou dormir sonhando que sim
Talvez sim, talvez não seja possível, ou
talvez penso em coisas que não devia

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