quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Contemplar

Foi em uma noite linda de inverno
Quando encontrei o seu belo sorriso
A primeira vez
Tamanha era a graça daquele anjo

As nuvens do seu ouro banharam meu ver tão graciosamente
Foste tão secreto o meu desejo de te amar tão fortemente
Sob o lúgubre da penúmbra de onde tu me tiras o chorar

Na pedra reluzente, onde tu repousas tua doçura
Nesta delicadeza tão acima, tão divina
Serias tu um sonho?
Talvez um ser que habita os quereres da minha alma
E como me ponho a dizer para ninguém
O valor das tuas asas e lábios

Óh anjo divino!
Do ouro dos teus cabelos
Do veludo que teus lábios vestem
Faça de mim teu protegido
Demasiadas vezes a penumbra da solidão
Tem me rasgado a alma sem compaixão

E mesmo que mudo
Meu gritar por tua presença é tão forte
Eu contemplo o vulto do que só posso ver

Partem-se os céus diante do teu sorrir
Tua mente, fonte tão rica
Como a minha vontade
De enrolar tuas asas em meus braços

Só peço que paire nas proximidades dos meus olhos
Se não posso contemplar tua mocidade
Se não posso contemplar teu voar e tua graça
Teu sorrir, teu pensar, tua doçura
Não vale a pena nada mais contemplar

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