quinta-feira, 9 de agosto de 2012

II

Poderia eu afogar meu ser
Com o furor do vinho dos sentidos
(Destrua!, adormecer, desconhecidos)
E entre mundos ainda assim viver?

Haveria algum dobrar por saber
Algum licor a mortal não provido
(Destoe!, vagar, clamar não ouvido)
E entre eras jamais, assim, morrer?

Ser, viver, saber, morrer... que haverá
De novo? Talvez partir ao deserto
Distante, a rima, o riso, a partida

Que será? Viverei? Quem saberá?
Morrerei. E quando meu peito aberto
Estiver, saberei: foi minha vida.

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