sexta-feira, 31 de agosto de 2012

III

Longínquas lendas ao relento leio,
Ao luar da manhã que se avizinha,
Ao luar desta noite que definha,
Sob o alvo olhar do sonhar alheio.

Sinos que dobram em sinais de enleio
Desdobram rico aroma a cada linha
Mais rico aroma que a vistosa vinha,
De fartos ramos de perfumes cheios.

E o rubro vinho que este fruto traz
(Purpúrea estrela do sonhar terreno)
Não mais que a lua, ao sonhador compraz;

E o elevado soar do santo sino
Eleva um badalar não mais sereno
Que as suaves fragrâncias deste hino.

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